quarta-feira, 2 de maio de 2018

dor, again.

Lembram-se de quando vos falei sobre a minha dor ciática? Estava a dar cabo de mim. Nunca senti dor que me limitasse tanto. Além de não conseguir estar em pé durante muito tempo, de não ser capaz de dar longos passeios ou de não aguentar andar de um lado para o outro nesta Lisboa linda que adoro palmilhar, também envergonhei algumas pessoas com as minhas poses pouco discretas. 
Desde ter que empinar a minha nádega esquerda sem pudores em plena fila do supermercado a ficar de cócoras no meio do Lust, aconteceu de tudo. Pessoas, a dor ciática não me deixa viver. Estou sentada e lá vem aquela dor lancinante. Acordo a coxear. Deitar-me não alivia. No carro, dói. Não há como fugir, a dor aparece quando bem lhe apetece e permanece ali, faça eu o que fizer, tome eu o que tomar. Dias e noites de puro massacre.

Sei que somos muitos porque recebi muito feedback com informações preciosas sobre a temática (todo um novo mundo para mim!). Obrigada pelos testemunhos, foram mesmo importantes para que percebesse que não estou idosa nem caquética. Ainda por cima, descobri que existem inúmeras formas de lidar com este enorme obstáculo à vida normal de um ser humano saudável.

Depois de demasiado tempo de espera, lá fui para o osteopata na esperança de aliviar o sofrimento contínuo a que, confesso, já me estava a habituar. Descobri que o meu músculo piramidal estava a comprimir o nervo ciático e essa era a razão para que sentisse aquela dor aguda desde a nádega aos dedos dos pés - três deles estão desprovidos de qualquer sensibilidade nas extremidades até hoje. 

Sim, o osteopata teve que me massajar com suavidade o rabo como se fosse meu marido enquanto eu sentia que ele me estava a engomar com uma tonelada de aço quente. Sim, verti lágrimas. Sim, estalou-me um bocadinho, mas só ali na lombar porque tinha um bloqueio qualquer (já marquei radiografia para perceber exactamente o que se passa) que influenciou todo este problema horrendo.

Só sei que saí de lá a sentir-me mais alta e cheia de arrepios, que demoraram cerca de meia hora a desaparecer. Já não sabia o que era andar sem sentir todo aquele drama acontecer na minha perna e no meu pé. No dia seguinte estava realmente dorida e tinha meio rabo de Kardashian, que a zona mais massacrada na sessão com o osteopata inchou bastante - sexy! 
Desde a semana passada que não há cá dor essa, porque o reumatismo anda terrível! e tenho alongado a zona lombar após qualquer esforço - caminhadas ou demasiadas horas de pé. O melhor de tudo são as massagens da Mana Lamparina, que doem mas sabem a pedacinho de céu.

A próxima fase é mesmo a radiografia à coluna e pensar numa forma divertida de desenvolver musculatura nas costas para suportar isto sem esforçar o esqueleto. E o que eu adoro desporto... 

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